quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Jornalista Joelmir Beting morreu
O grande jornalista de 75 anos estava internado desde 22 de outubro no hospital Albert Einstein, em São Paulo, por causa de complicações renais, resultantes de doença autoimune. Em dezembro de 2001, Beting havia sido internado com pneumonia na Unidade do Hospital do Coração, na zona sul de São Paulo (SP).
Desde que retornou à Bandeirantes, em março de 2004, o jornalista participava diariamente do "Jornal da Band" e do "Primeiro Jornal". Foi âncora do "Canal Livre", apresentado aos domingos, e fez comentários diários no canal BandNews, além dos programas "Jornal Gente" e "Três Tempos", na rádio Bandeirantes. Na TV, também trabalhou na Gazeta, Record e Globo – nesta última, de agosto de 1985 até julho de 2003 –, passando pelo "Espaço Aberto", na Globo News.
Em texto publicado no blog do diário Lance!, o filho homenageou o pai, citando ter tomado conhecimento da notícia à 1h15. "A ausência dele não tem nome. Como jamais saberei escrever o que ele é", relata Mauro.
Já Erich Beting, também filho do jornalista, agradeceu pelas mensagens de apoio também no Twitter. "Queridos amigos que estão mandando mensagens tão lindas e respeitosas", escreveu
Trajetória
Nascido em Tambaú (SP), iniciou a carreira jornalística como repórter esportivo nos jornais "O Esporte" e "Diário Popular". Trabalhou também na rádio Panamericana, que anos depois se tornaria a Jovem Pan (SP). Em 1962, já formado sociólogo, mudou de área, passando para o jornalismo econômico, inicialmente na redação de estudos de uma empresa de consultoria.
Em 1966, foi contratado pela "Folha de S. Paulo" para lançar a editoria de Automóveis, tornando-se dois anos depois editor de Economia do mesmo jornal, lançando uma coluna diária a partir de 1970.
A coluna tornou-se célebre por desmistificar a economia numa época de inflação astronômica e reiteradas medidas desastradas do governo. É de lá que nasceram alguns dos bordões de Joelmir, como "quem não deve não tem" e "na prática, a teoria é outra". Em 1991, transferiu-se para O Estado de S.Paulo (SP), onde sua coluna diária continuou sendo publicada, ininterruptamente, até 30 de janeiro de 2004.
Também publicou os livros "Na Prática a Teoria é Outra" e "Os Juros Subversivos". Em coautoria com o cardeal Paulo Evaristo Arns e João Pedro Stédile, lançou o livro "Igreja, Classe Trabalhadora e Democracia". Desde 2000, mantém seu próprio site na internet, dedicado à análise macroeconômica.
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